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Você sabe a importância do cíclotron na Medicina Nuclear?

Por NUCLEORAD em 28/07/2020 às 11:29

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Nas últimas duas décadas os aceleradores de partículas circulares, comumente chamados de Cíclotrons, têm sido amplamente utilizados na produção de radioisótopos para uso em Medicina Nuclear.

Os Cíclotrons, basicamente, são aceleradores de íons, os quais são acelerados por sistemas de campos elétricos variáveis em frequência definida, orientados por sistemas de campos magnéticos.

Os íons acelerados a altas energias, na casa das dezenas de MeVs, são então direcionados ao encontro de alvos líquidos, sólidos ou gasosos, conforme o tipo de radioisótopo que se deseja obter.

Devido ao bombardeamento de alvos por partículas de alta energia, promovendo o surgimento de radiações de fótons e partículas, torna-se um equipamento cuja instalação venha a ser em ambiente com projeto de blindagem efetiva para radiação gama e neutrônica.

Sua instalação, uso e retirada de operação é regulada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), mediante licenciamento, e posterior controles designados em Licenças de Operação emitidos, sendo necessário um supervisor de radioproteção com licenciamento na área de aceleradores de partículas.

Os principais radioisótopos produzidos em Cíclotrons são Galio-67; Bromo-77; Rubídio-81; Indio-111; Iodo-123; Tálio-201; Flúor-18.

Esses materiais como o Ga-67, I-123, Tl-201 são comumente usados em serviços de Medicina Nuclear Convencional, já o F-18 é o material mais utilizado para os exames de PET-CT.