A tireoide é uma glândula que absorve quase todo o iodo do seu corpo. Com isso, o iodo radioativo, também chamado de I-131, pode ser usado para o tratamento de câncer de tireoide. Esse composto é coletado pelas células da glândula, que podem ser destruídas pela radiação, bem como aquelas cancerígenas. Este tratamento pode ser utilizado para destruir as células do tecido oncológico que ficou remanescente após a cirurgia do tumor na tireoide.
Entretanto, para isso, o serviço de medicina nuclear responsável pela terapia deve atender alguns requisitos de radioproteção.
De acordo com a CNEN NN 3.05, a administração de doses terapêuticos ao paciente injetado submetido à terapia com I-131 e atividade superior a 1850 MBq (50 mCi) deve ser realizada no quarto para terapia especificado no Plano de Proteção Radiológica, e ele deve ficar sob a guarda do serviço de medicina nuclear até que sejam atendidos os requisitos necessários para a liberação dos mesmos.
É obrigatório o uso de biombo blindado ou barreira protetora equivalente, junto ao leito, para a proteção dos IOEs que estão envolvidos no tratamento. No quarto de terapia, deve estar sinalizado com o símbolo internacional de radiação e classificação da área, bem como apresentar as seguintes informações:
Como as doses para terapia são altas, bem como a energia do I-131 e a meia-vida do radionuclídeo é longa (8.02 dias), todos os objetos de contaminação do quarto para terapia com internação devem ser recobertos com plástico impermeável.
A liberação do paciente injetado só pode ser permitida após ser verificado que o valor da taxa de dose é inferior a 0.03 mSv/h, medido a 2 metros do paciente. Após a desocupação do quarto, este deve ser monitorado e eventuais contaminações devem ser removidas antes da sua liberação para outro paciente.
Referências:
Texto elaborado por: Bernardo Cechetto