A ressonância magnética (RM) é uma modalidade de imagem não invasiva que possui ampla aplicação no diagnóstico médico. Devido à complexidade técnica envolvida, é imprescindível que os aparelhos de RM operem dentro de padrões rigorosos de qualidade. O controle de qualidade (CQ) semanal é uma prática sistemática que visa monitorar, avaliar e corrigir possíveis falhas nos equipamentos, garantindo imagens de alta resolução e fidelidade. A falha na manutenção da qualidade pode comprometer o diagnóstico, acarretando riscos ao paciente e aumentando custos operacionais.
Estudos ressaltam a relevância do controle de qualidade em RM para a detecção precoce de falhas técnicas, bem como para a padronização dos exames realizados. Os parâmetros físicos dos equipamentos, como uniformidade do campo magnético, sinal-ruído e integridade dos gradientes, influenciam diretamente na qualidade das imagens produzidas. Normas técnicas internacionais, como as estabelecidas pela American College of Radiology (ACR), orientam a realização periódica de testes para garantir o desempenho adequado dos sistemas.
Testes de Controle de Qualidade:
Avalia-se a uniformidade do campo magnético, fundamental para evitar distorções e artefatos na imagem. É realizado utilizando-se fantasmas específicos e analisando-se a variação do sinal em diferentes regiões.
Mede-se a relação entre o sinal útil e o ruído, sendo essencial para a nitidez da imagem. Valores inadequados indicam necessidade de ajustes ou manutenção do equipamento.
Teste de Uniformidade de Intensidade
Este teste verifica se a intensidade do sinal permanece constante ao longo da imagem, prevenindo áreas hiperintensas ou hipointensas que possam prejudicar a interpretação.
Confirma a fidelidade espacial da imagem, garantindo que as dimensões anatômicas estejam corretas e sem distorções geométricas.
Esses testes avaliam o desempenho dos sistemas responsáveis pela codificação espacial e pela recepção do sinal, respectivamente, assegurando a qualidade da imagem e a eficiência do processo.
A implementação regular de um protocolo de controle de qualidade permite a identificação precoce de desvios e a correção imediata, evitando a degradação do desempenho do equipamento. Além disso, contribui para a padronização dos exames, facilitando a comparação entre imagens ao longo do tempo ou entre diferentes aparelhos. O investimento em CQ reflete diretamente na segurança do paciente e na confiabilidade do diagnóstico clínico.
O controle de qualidade em ressonância magnética é uma prática indispensável para garantir a excelência dos exames e a segurança do paciente. A realização periódica de testes técnicos assegura a manutenção do desempenho dos equipamentos, prevenindo falhas e otimizando os resultados diagnósticos. Portanto, clínicas e instituições de saúde devem adotar protocolos rigorosos de CQ, alinhados às normas técnicas, para garantir a qualidade e a confiabilidade dos serviços oferecidos.
Texto elaborado por Tiago Langone – Físico Médico NUCLEORAD
Referências: