A tecnologia de impressão 3D tem revolucionado a medicina, permitindo a criação de modelos anatômicos precisos que auxiliam no planejamento cirúrgico e na educação médica. Além disso, a fabricação de phantoms personalizados para testes de controle de qualidade em radiodiagnóstico tem aprimorado a precisão dos diagnósticos por imagem. A integração dessa tecnologia com os princípios da Indústria 4.0 tem potencializado sua aplicação na área da saúde, promovendo avanços significativos na personalização de tratamentos e na eficiência dos procedimentos médicos [1].
Estudos recentes demonstram que a impressão 3D permite a produção de phantoms com propriedades radiológicas semelhantes às dos tecidos humanos, o que é essencial para a calibração e validação de equipamentos de imagem médica. Por exemplo, a fabricação de phantoms tumorais realistas tem sido utilizada para validar algoritmos de processamento de imagem, contribuindo para o desenvolvimento de técnicas mais precisas de detecção e diagnóstico [1].
Além disso, a utilização de materiais como o silicone na impressão 3D tem possibilitado a criação de phantoms que mimetizam as propriedades dos tecidos moles em tomografias computadorizadas, oferecendo uma ferramenta valiosa para o treinamento de procedimentos intervencionistas e para a pesquisa em novas modalidades de imagem [2].
A incorporação da impressão 3D na Indústria 4.0 tem facilitado a produção de dispositivos médicos personalizados, como próteses e órteses, adaptados às necessidades específicas de cada paciente. Essa abordagem combina alta tecnologia e sustentabilidade, otimizando os processos de fabricação e reduzindo custos. Além disso, tem permitido uma personalização sem precedentes nos tratamentos, contribuindo para melhores resultados clínicos e maior qualidade de vida dos pacientes [3].
No contexto do radiodiagnóstico, a impressão 3D tem sido fundamental para a produção de phantoms utilizados em testes de controle de qualidade, garantindo a precisão e a confiabilidade dos exames de imagem. A capacidade de reproduzir com exatidão as características anatômicas e densitométricas dos tecidos humanos permite uma avaliação mais rigorosa dos equipamentos e procedimentos radiológicos [4].
Em resumo, a convergência da impressão 3D com os conceitos da Indústria 4.0 tem impulsionado inovações significativas na medicina, especialmente no radiodiagnóstico. A produção de phantoms personalizados e dispositivos médicos sob medida tem aprimorado a precisão dos diagnósticos e a eficácia dos tratamentos, refletindo um futuro promissor para a integração dessas tecnologias na área da saúde [4].
Texto elaborado pelo estagiário Eduardo Berna – graduando em Física Médica pela UFCSPA – NUCLEORAD
Referências:
[1] Recent Advances in 3D Printing Technology for Tumor Phantom Creation in Medical Imaging. arXiv. Disponível em: arxiv.org
[2] Silicone-Based 3D Printed Models for CT Imaging in Radiological Training. arXiv. Disponível em: arxiv.org
[3] Aplicações da Impressão 3D na Área da Saúde: Uma Revisão de Escopo. Revista de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Disponível em: revistaft.com.br
[4] Phantoms Impressos em 3D: Novas Fronteiras para Controle de Qualidade em Radiodiagnóstico. Radiologia Brasileira. Disponível em: rb.org.br