NucleoBlog
Indústria, Medicina Nuclear e Transportes
O que pode ser feito para reduzir a exposição dos pacientes durante a fluoroscopia?

Nos procedimentos de radiologia intervencionista as doses ocupacionais e tempos de exposição geralmente são maiores nestes casos, mas existem cuidados que podem evitar níveis elevados de dose. No webinar da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) foram abordados esses cuidados:   O que pode ser feito para reduzir a exposição dos pacientes durante a fluoroscopia? Embora existam vários fatores sob o controle do médico que afetam a exposição, um dos mais significativos é o tempo em que o raio X é ativado. O recomendado é usar os tempos fluoroscópicos mais curtos que sejam consistentes com os requisitos clínicos do procedimento. Isso pode ser auxiliado com o registro do tempo de exposição para cada procedimento. O uso da fluoroscopia pulsada com a taxa de pulsação definida o mais baixa possível para o tipo específico de procedimento clínico proporciona uma redução significativa na dose absorvida, embora nem todos os equipamentos possam seguir isso e é desejável ter conhecimento do equipamento. Se o equipamento tiver mais de um modo de operação, o modo de alta taxa de dose deve ser usado com cuidado, apenas durante o tempo em que uma imagem de baixo ruído for necessária.   Pode-se estimar a exposição de um paciente para um procedimento de fluoroscopia? Pode ser complexo, especialmente se o raio X for movido durante o procedimento. No entanto, pode-se considerar um caso simples em que o raio X permaneceu no mesmo local por cinco minutos. A dose absorvida para a pele no feixe pode ser obtida multiplicando a taxa de dose (mGy/min) pelo tempo de exposição. Neste exemplo, usaremos uma taxa de dose de 30 mGy/min. Isso está dentro da faixa das taxas normais de dose fluoroscópica, mas está sujeito a uma variação considerável com fatores como tamanho do paciente, kV e modo de ampliação usado. A estimativa para este caso será uma dose absorvida na pele de 30x5 = 150 mGy.   A exposição a um paciente pode ser reduzida por outros fatores que não o tempo? Sim, existem vários parâmetros que afetam a taxa de exposição (mGy/min). A taxa básica de exposição é definida pelos diferentes fatores, conforme discutido em uma pergunta relacionada ao movimento do feixe de raios X para diferentes áreas do corpo do paciente. Alguns equipamentos fluoroscópicos são projetados para operação em modo pulsado. Com o modo pulsado, ele pode ser configurado para produzir menos que as 25 ou 30 imagens convencionais por segundo. É provável que isso reduza a taxa de exposição na maioria dos equipamentos. Mas o gerenciamento da dose do paciente é uma questão complexa e os profissionais devem conhecer as capacidades operacionais de seus sistemas de raios-X. A redução de séries desnecessárias de cine ou número de quadros por série, o uso adequado de colimação, a influência das angulações do braço C e a posição da mesa e do detector de imagem (geometria), para evitar o uso de “alta qualidade” dos modos de cine, etc, podem ter uma influência substancial nas doses dos pacientes (e da equipe). A colimação do feixe de raios-X no menor tamanho prático e a menor distância possível entre o paciente e o receptor de imagem contribuem para o bom gerenciamento da exposição.   Texto elaborado por Eduardo Felipe Silveira Pereira

Por NUCLEORAD em 20/10/2020 às 12:25
Radiologia Médica Odontológica e Veterinária
Você sabe a dose fetal em um exame de raios-x odontológico durante a gestação?

Os exames odontológicos com o uso de raios-x são os mais frequentes dos procedimentos de radiodiagnóstico e representam 21% do total em escala global. O número estimado destes exames é de cerca de 520 milhões, com uma fracão de 800 a cada 1000 habitantes, por ano. Tal técnica ajuda os dentistas a diagnosticar, planejar e monitorar tratamentos, e também a detectar desenvolvimento das lesões. Existem quatro tipos de procedimentos odontológicos com o uso de raios-x - radiografia intraoral (bitewing, periapical e oclusal), radiografia panorâmica, radiografia cefalométrica e TC de feixe cônico (TCFC).  Vale ressaltar que as doses individuais são pequenas, mas as doses coletivas não podem ser ignoradas devido ao alto volume de procedimentos.A dose fetal de um exame dentário de raios-x (intra e extra oral), incluindo tomografia computadorizada Cone Beam, foi estimada entre 0,009 μSv e 7,97 μSv. Geralmente é menor que a dose diária natural estimada de fundo recebida pelo feto. O uso de um avental com proteção de chumbo e/ou um protetor de tireóide pode reduzir ainda mais a dose para o feto. No entanto, o uso da blindagem deve ser feito com os devidos cuidados, para garantir que a imagem seja de qualidade diagnóstica adequada (ou seja, mantenha a blindagem fora do raio X) e que não leve à superexposição (para equipamentos que utilizam alguma forma de controle automático de exposição). Fonte: IAEA/SiteElaborado por: Eduardo Felipe Silveira Pereira

Por NUCLEORAD em 16/10/2020 às 10:10
Radiologia Médica Odontológica e Veterinária
Você sabe quais são as novas exigências para os serviços de radiologia veterinária de acordo com a nova RDC330 da Anvisa?

A RDC 330, novo marco regulatório que entrou em vigor no dia 20 de dezembro de 2019, trouxe atualizações na área da radiologia veterinária e apresenta exigências, que quando cumpridas, garantem o estabelecimento dos requisitos sanitários de serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista. No que tange aos serviços de radiologia veterinária diagnóstica ou intervencionista, as exigências visam o atendimento dos requisitos de proteção aos trabalhadores e indivíduos do público. Dessa forma, com base nos princípios gerais de proteção radiológica, as novas exigências abrangem os seguintes tópicos: Controle das exposições ocupacionais de cada indivíduo, decorrentes de todas as suas práticas, de modo que não excedam os limites de dose estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. No caso de profissionais grávidas, a gravidez deve ser notificada ao responsável legal pelo serviço, ou ao profissional formalmente designado por ele. Além disso, as condições de trabalho devem ser revistas para atender a Resolução RDC 330 de 20 de dezembro de 2019. Menores de 18 (dezoito) anos não podem trabalhar com raios X diagnósticos ou intervencionistas. Em relação às medidas de prevenção em proteção radiológica, visando a segurança dos trabalhadores e indivíduos do público, as salas onde são realizados os exames devem ser classificadas como áreas controladas, possuir barreiras físicas com blindagem suficiente para garantir a manutenção de níveis de dose tão baixos quanto razoavelmente exequíveis, não ultrapassando os níveis de restrição de dose estabelecidos na Resolução.  A verificação dessas doses é realizada a partir do teste de levantamento radiométrico, que deve ser realizado sempre que houver modificação na infraestrutura, nos equipamentos ou processos de trabalho que influenciem as medidas de proteção radiológica do serviço, ou quando completar o período de 4 anos. Além disso, as salas devem: dispor de restrição de acesso e de sinalização adequada; ter acesso exclusivo aos profissionais necessários à realização do procedimento radiológico e ao acompanhante, quando estritamente necessário; dispor apenas dos equipamentos e acessórios indispensáveis à realização dos procedimentos radiológicos. Possuir as seguintes sinalizações: Sinalização luminosa vermelha deve ser acionada durante os procedimentos radiológicos. a sinalização luminosa estar acompanhada do símbolo internacional da radiação ionizante e das seguintes inscrições na(s) porta(s): Quando a luz vermelha estiver acesa, a entrada é proibida; "Raios X, entrada restrita" ou "Raios X, entrada proibida a pessoas não autorizadas" Acompanhante, quando houver necessidade de contenção de paciente, exija e use corretamente vestimenta plumbífera, para sua proteção" É importante ressaltar que a presença de um acompanhante na realização do procedimento radiológico somente é permitida quando sua participação for para conter, confortar ou ajudar pacientes.  Na realização desse papel, o acompanhante não pode ser gestantes e menores de 18 anos, e é imprescindível a utilização de equipamento de proteção individual. Visando proteger os agentes ocupacionais, a norma exige e descreve procedimentos que ao serem executados mitigam a exposição dos trabalhadores. Os procedimentos descritos são: posicionar-se de tal forma que nenhuma parte do corpo, incluindo extremidades, quando possível, seja atingida pelo feixe primário de radiação ionizante sem estar protegida por, no mínimo, 0,5 mm (cinco décimos de milímetro) equivalente de chumbo proteger-se da radiação ionizante espalhada, por meio de equipamentos de proteção individual e coletiva com atenuação compatível com a energia da radiação, não inferior a 0,25 mm (vinte e cinco centésimos de milímetro) equivalente de chumbo. Além disso, a norma descreve a obrigatoriedade do uso de dosímetro do indivíduo que exerce funções que envolvem a utilização de radiações ionizantes, realizando essa monitoração mensal, e de uso intransferível, ou seja: cada profissional deve possuir o seu monitor de dose. Texto elaborado por Lucas Almeida Marcelino.

Por Adriano Goulart em 06/10/2020 às 10:53
Indústria, Medicina Nuclear e Transportes
Você sabe como deve ser realizado o transporte de material radioativo?

  O transporte de radiofármacos deve ser efetuado em embalados certificados e lacrados fornecidos pelo expedidor, juntamente com a documentação de transporte. O tempo de transporte é crucial para que os pacientes recebam a atividade calibrada de acordo com a data e horário solicitado. Em virtude disso possuímos sistema de rastreamento, onde o cliente e o expedidor podem acompanhar o trajeto e tempo percorrido no transporte. Assim conseguimos garantir melhor informação a todos os envolvidos neste transporte tão importante. Os veículos devem ser sinalizados, monitorados via satélite, possuir kits de emergência, além de EPIs apropriados para manuseio de material radioativo. Quando se tratar de transporte multimodal (rodoviário e aéreo) conforme exigência da ANAC a equipe envolvida deve ter treinamento conforme previsto na RBAC 175 que estabelece os requisitos aplicáveis ao transporte aéreo de produtos perigosos em aeronaves civis. Por se tratar de um produto perigoso da Classe 7 deve se submeter a todos os cuidados inerentes ao transporte de material radioativo e todas as regulamentações nacionais de todas as modalidades de transporte e órgãos fiscalizadores como ANTT, IBAMA, CNEN, ANVISA, FEPAM RS, etc.   Saiba onde estão seus embalados e quando chegará na sua instalação, através do nosso aplicativo de rastreamento! Transportamos todos os radiofármacos dos centros produtores do Brasil como: FDG-18F; Mo99-Tc-99m; I-131; Tl-201; Ga-67; I-123; Outros   Indústria:   Os principais materiais radioativos transportados para as indústrias são: Cs-137 (medidores nucleares e fontes de aferição) Sr-90 (medidores nucleares) Kr-85 (medidores nucleares) Ir-192 (gamagrafia industrial) Am-241 (para-raios) O transporte está condicionado à elaboração de toda a documentação exigida pelos órgãos reguladores, sendo esse processo de inteira responsabilidade do Expedidor (clientes). Documentos: Nota Fiscal Declaração do Expedidor Ficha de Emergência Envelope de Emergência No caso de incluir transporte aéreo, DGR (shipper)   Rejeitos Radioativos: Todo o material radioativo que não possui mais utilidade para a prática com radiação ionizante é considerado rejeito radioativo. Todo o rejeito radioativo deve ser enviado para um destino final, aprovado pela CNEN e IBAMA e transportado até o destino final por uma transportadora de materiais radioativos devidamente habilitada. Por se tratar de um produto perigoso da Classe 7 deve se submeter a todos os cuidados inerentes ao transporte de material radioativo e todas as regulamentações nacionais de todas as modalidades de transporte e órgãos reguladores como ANTT, IBAMA, CNEN, ANVISA, FEPAM RS, etc.   Para-raios radioativos: Se você, ou sua empresa, ainda possuem para-raios radioativos, fique atento quanto à devolução deste material. A fabricação de para-raios radioativos no Brasil foi autorizada de 1970 até 1989 porque a literatura técnica da época indicava que os captores radioativos tinham uma eficiência maior que os convencionais. Porém, em 1989, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN, através da Resolução No. 4/89, suspendeu a autorização para a fabricação e instalação deste tipo de captor, baseada em estudos feitos no Brasil e no exterior que demonstraram que o desempenho dos pára-raios radioativos não era superior ao dos convencionais na proteção dos edifícios, não se justificando, assim, o uso de fontes radioativas.   Contudo, a decisão da CNEN só teve efeito sobre a fabricação e a instalação de dispositivos novos. A decisão sobre a substituição dos para-raios que já estavam instalados dependia das autoridades municipais que têm poder para regulamentar as normas de edificação em cada cidade. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a Prefeitura, através do Decreto Municipal No.33.132 da Secretaria de Habitação, determinou que todos os para-raios radioativos fossem substituídos e que os sistemas de proteção contra as descargas atmosféricas fossem adequados à norma NBR-5419 da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Quando substituído, um para-raios radioativo passa a ser rejeito radioativo e deve ser recolhido à CNEN. Quem deve providenciar a substituição é o proprietário da edificação e esta substituição pode ser feita por qualquer pessoa, mas é preferível que seja feita por um profissional experiente porque em geral os para-raios estão em locais de difícil acesso e há riscos de queda. Além disso para que o prédio fique adequadamente protegido contra raios é necessário verificar se o aterramento da instalação está adequado e se o número de captores é suficiente para o tamanho e altura do prédio. O ideal é contratar uma empresa especializada em instalações elétricas. Os cuidados que devem ser tomados em relação à radiação e à contaminação estão descritos no "Manual de Instruções" fornecido pelo IPEN aos interessados. É muito importante que a pessoa leia com cuidado todas as instruções de manuseio dos pára-raios antes de realizar a substituição porque além das medidas de proteção que devem ser tomadas, o manual dá instruções sobre como fazer a embalagem, o transporte e a entrega do material à CNEN.

Por Adriano Goulart em 02/10/2020 às 12:06
Indústria, Medicina Nuclear e Transportes
Você conhece a área das radiações na indústria?

Toda instalação de inspeção de bagagens com containers possui em seus portos um acelerador de partículas de alta energia que produz raios X para atravessar o container e radiografar o que possui dentro destes compartimentos. Em aeroportos também são utilizados equipamentos emissores de radiações para inspecionar bagagens e passageiros. Todas essas aplicações das radiações na área industrial, exigem um processo de licenciamento, supervisão de radioproteção, controles administrativos e vários outros serviços ligados a parte de proteção radiológica.Os medidores nucleares são dispositivos que utilizam fontes radioativas para medidas de parâmetros, tais como: espessura, densidade, umidade e nível. Normalmente incorporam uma fonte radioativa (blindada), um detector de radiação e um obturador. Embora a radiação seja emitida o tempo todo, o obturador pode ser fechado para blindar o feixe de radiação. Indústrias que utilizam medidores nucleares: Pólo petroquímico; Envase de bebidas; Produtoras de laminados sintéticos; Automobilística; Produtoras de papel e outros materiais com controle de espessura; Entre diversas outras;   Um teste que é muito utilizado na área industrial é o teste de esfregaço (wipe test) em medidor nuclear para indústria. O objetivo desse teste é verificar periodicamente se há vazamento de material radioativo para evitar contaminações e dispersão.

Por Adriano Goulart em 02/10/2020 às 12:04
Gestão em Saúde
Você conhece a NUCLEORAD?

A NUCLEORAD é uma empresa inovadora que oferece soluções no segmento da proteção radiológica. Temos a maior gama de serviços na área de radiações ionizantes, atuando nos mais diversos ramos da aplicação das tecnologias para a imagem médica, odontológica, veterinária, radiofarmácia, indústria e segurança, ensino e pesquisa, bem como no tratamento com radiações.   Estamos devidamente cadastrados em todos os órgãos reguladores da área de proteção radiológica para a prestação de serviços, bem como para o transporte de materiais radioativos.   Investimos significativamente nos mais modernos equipamentos do mercado de controle de qualidade e proteção radiológica na área médica, odontológica, veterinária, radiofarmácia, indústria e segurança, ensino e pesquisa, com os melhores veículos para o transporte de materiais radioativos. Agregamos a tecnologia da informação com uso de sistema ao cliente via web e aplicativo de celular para gestão dos processos de manutenção dos equipamentos, testes de qualidade e relatórios gerenciais, além de sistema de rastreamento do transporte com pedidos via web e acompanhamento da entrega. Atuamos com seriedade, responsabilidade e competência para satisfação completa do cliente, benefício para a sociedade e segurança ao meio ambiente, com profissionais altamente especializados e com larga experiência, equipamentos de ponta com tecnologia da informação. A Física Médica na NUCLEORAD é desenvolvida principalmente nas áreas de Radiologia Diagnóstica e Intervencionista, Medicina Nuclear, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Proteção Radiológica, Radiofarmácia e Metrologia das Radiações Ionizantes. Os profissionais de Física Médica são indispensáveis na utilização de tecnologias de ponta, assim como na garantia da qualidade dos serviços de saúde prestados à sociedade. Organizações internacionais oficiais como a OMS, OPS, IAEA e OIT consideram o especialista em Física Médica de primordial importância para as práticas em medicina. Para a NUCLEORAD o objetivo principal de um serviço de Física Médica é garantir que equipamentos de diagnóstico e terapia estejam operando plenamente dentro das especificações do fabricante, nacionais e internacionais, oferecendo imagens com alta qualidade e baixa dose. Assegurando assim, a segurança dos profissionais envolvidos, público, pacientes e meio ambiente. Para que um serviço de Física Médica seja prestado com excelência é necessário medidores e simuladores de qualidade e devidamente calibrados, um amplo e aprofundado conhecimento técnico na área, inovação, comprometimento, busca de aperfeiçoamento contínuo, organização, experiência e responsabilidade. Um serviço de Física Médica de excelência leva a confiança e a garantia às instituições de que todos os processos estão sendo realizados de forma segura e correta, tendo como foco a proteção radiológica e a garantia da qualidade.

Por Adriano Goulart em 02/10/2020 às 12:01