NucleoBlog
Radiologia Médica Odontológica e Veterinária
Você conhece as Orientações de Proteção Radiológica para uma sala de Radiologia Intervencionista?

A hemodinâmica é os estudo sobre os princípios físicos que constituem o bombeamento do sangue no sistema cardiovascular especificamente. Dessa forma, todas as atividades realizadas pelo ser humano dependem do bom funcionamento do sistema cardiovascular. Segundo (IshitaniI, et al., 2006), as doenças cardiovasculares apresenta altas taxas de mortalidade no Brasil.   A partir disso, a radiologia intervencionista possui um papel importantíssimo no diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares. Por meio da fluoroscopia, pode-se localizar lesões e verificar a evolução do tratamento.  A grande vantagem da Radiologia intervencionista está na facilidade de realização de procedimentos complexos utilizando incisões de pequenas extensões. Isso traz benefícios à recuperação do paciente, diminuição das chances de infecção e redução dos tempos de internação. Com todas essas vantagens, o número de intervenções em centros de hemodinâmica  é alto e com isso essa especialidade é a que proporciona as maiores doses aos colaboradores. Sendo assim, é de extrema importância a aplicação das medidas de proteção Radiológica como:   Utilização das Vestimentas de proteção - Aventais plumbíferos, protetores de tireoide e óculos plumbífero; Redução dos tempos de Fluoroscopia; Redução de frequência de pulsos - optar por 7 Frames por segundo  e não 15 frames por segundo; Aplicar técnicas de colimação. Quanto maior o volume irradiado, maior será a radiação espalhada; Distanciamento. Se distanciar do paciente nos momentos de exposição diminuem as doses dos colaboradores presentes em sala;    Em nosso site, consulte o cartaz com nossas orientações de Proteção Radiológica para uma sala de Radiologia Intervencionista.   Referências: ISHITANI, Lenice Harumi et al. Desigualdade social e mortalidade precoce por doenças cardiovasculares no Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 40, p. 684-691, 2006. CANEVARO, Lucía. Aspectos físicos e técnicos da radiologia intervencionista. Revista Brasileira de Física Médica, v. 3, n. 1, p. 101-115, 2009. SILVA, Leonardo Peres da et al. Avaliação da exposição dos médicos à radiação em procedimentos hemodinâmicos intervencionistas. Radiologia Brasileira, v. 41, n. 5, p. 319-323, 2008. Texto elaborado por físico Lucas de Almeida.

Por NUCLEORAD em 03/03/2021 às 09:15
Indústria, Medicina Nuclear e Transportes
Você sabe quais são as novas exigências para os serviços de mamografia de acordo com a nova RDC330 da Anvisa?

A mamografia, seja ela convencional ou digital, é a técnica de diagnóstico por imagem que faz uso de radiação ionizante para estudo do tecido mamário, auxiliando no diagnóstico do câncer de mama.  Para isso se faz necessário um controle de qualidade e medidas de proteção radiológica afim de garantir acurácia dos diagnósticos e garantir segurança de técnicos e pacientes. A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Nº 330 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicada em 20 de dezembro de 2019, bem como suas Instruções Normativas (INs) Nº 54 (em 18 de novembro de 2020 ocorreu a publicação da Instrução Normativa Nº 78 que visa alterar alguns itens da IN, nesta publicação encontram-se essas alterações), estabelecem os requisitos desde a organização, funcionamento até os limites de referência dos testes de aceitação e de controle de qualidade estabelecidos pelo fabricante do sistema avaliado e pelas demais normativas aplicáveis. Das caraterísticas necessárias do equipamento de mamografia (Art. 2° da IN) instalado no serviço de diagnóstico, deve possuir: I - blindagem no cabeçote de modo a garantir nível mínimo de radiação de fuga, restringida à taxa de kerma no ar de 1 mGy/h (um miligray por hora) a 1 (um) metro do ponto focal, quando operado em condições de ensaio de fuga, comprovada com certificado de adequação emitido pelo fabricante na instalação do tubo de raios X; II - o requisito de que trata o inciso I deste artigo aplica-se à radiação de fuga através do sistema de colimação; III - a filtração total permanente mínima do feixe útil de radiação equivalente a 0,03 mm (três centésimos de milímetro) de molibdênio, para combinação alvo/filtro Mo/Mo; 0,025 (vinte e cinco milésimos de milímetro) de ródio, para a combinação alvo/filtro Mo/Rh ou Rh/Rh; 0,06 (seis centésimos de milímetro) de molibdênio, para combinação alvo/filtro W/Mo; 0,05 (cinco centésimos de milímetro) de ródio, para combinação alvo/filtro W/Rh; IV - dispositivo para manter compressão firme na mama para assegurar espessura uniforme na porção radiografada, de modo que: a) a placa de compressão produza atenuação de, no máximo, o equivalente a 2 mm (dois milímetros) de Polimetil-Meta-Acrilato (PMMA), comprovada com certificado de adequação emitido pelo fabricante na instalação do tubo de raios X; b) o sistema automático garanta força de compressão do dispositivo entre 150 (cento e cinquenta) e 200 (duzentos) Newtons (N), indicando o valor da compressão. V - suporte de receptor de imagem com transmissão menor que 1mGy (um microgray) por exposição a 5 cm (cinco centímetros), sem a presença da mama, para valores máximos de kVp e mAs empregados, comprovada com certificado de adequação emitido pelo fabricante na instalação do tubo de raios X; VI - tubo de raios X especificamente projetado para mamografia; VII - gerador de alta frequência; VIII - controle automático de exposição; IX - distância do ponto focal até o receptor de imagem não inferior a 50 cm (cinquenta centímetros); X - tamanho nominal do ponto focal não superior a 0,4 mm (quatro décimos de milímetro); XI - sistema para indicar a espessura da mama comprimida, para equipamentos comercializados após a publicação da Instrução Normativa Nº 54. Já dos requisitos de desempenho e aceitação, temos primeiramente as condições dos procedimentos e equipamentos de mamografia que inabilitam seu uso: I - equipamento sem sistema de colimação ou sistema sem funcionar; II - equipamento sem filtração adicional; III - equipamento sem indicação no painel de controle dos parâmetros básicos (Tensão (kVp), Corrente (mA) e Tempo (s) ou o produto corrente x tempo (mAs)); IV - equipamento sem sistema automático de compressão; V - equipamento sem bandeja de compressão, com bandeja danificada ou sem fixação; VI - equipamento sem controle automático de exposição (CAE) ou com CAE sem funcionar; VII - equipamento com distância foco-pele menor que 50 cm (cinquenta centímetros); VIII - suporte de receptor de imagem (bucky) sem grade antidifusora, exceto sistemas de magnificação; IX - revelação manual; X - mais de 1 (um) equipamento instalado na mesma sala; XI - utilizar negatoscópios que não sejam específicos para mamografia, quando o serviço realizar diagnóstico e laudos por meio de filme; XII - utilizar monitor para diagnóstico e laudos que não seja específico para mamografia; XIII - utilizar processadora não específica e exclusiva para mamografia convencional, quando o serviço utilizar essa modalidade. Os testes de controle de qualidade devem ser realizados com as respectivas periodicidades, tolerâncias e níveis de restrição estabelecidos no Anexo I da Instrução Normativa Nº 78, e em conformidade com as demais normativas aplicáveis. Texto elaborado por Eduardo Silveira.

Por NUCLEORAD em 15/02/2021 às 10:52
Você sabe quais são as novas exigências para os serviços de tomografia computadorizada de acordo com a nova RDC330 da Anvisa?

A Tomografia Computadorizada (TC) é uma técnica de imagem que utiliza feixes de Raios X para formar imagens anatômicas em cortes de uma determinada parte corporal. Como a TC é um exame que utiliza radiação ionizante, é necessário uma série de parâmetros e normativas para assegurar um exame de qualidade, sem prejudicar o paciente, os Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOE’s), o meio ambiente e a sociedade. Figura: Imagens de uma Tomografia de Crânio (corte axial). Fonte: istockphoto.com   A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Nº 330, publicada no Diário Oficial da União pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no dia 20 de Dezembro de 2019, tem como objetivo estabelecer os requisitos sanitários para a organização e o funcionamento de serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista e regulamentar o controle das exposições médicas, ocupacionais e do público decorrentes do uso de tecnologias radiológicas diagnósticas ou intervencionistas.  A RDC Nº 330, desde sua publicação, revoga a Portaria MS SVS 453 (publicada em 1998), legislação que anteriormente era responsável por determinar os parâmetros mínimos para o funcionamento de um serviço que utiliza radiações ionizantes. Um dos principais diferenciais da RDC 330 em comparação com a Portaria 453 é ter vindo acompanhada de Instruções Normativas (IN), em que fragmenta as recomendações separadas pelas modalidades de exame (Radiologia Convencional, Mamografia, Tomografia, etc.), ao invés de se apresentarem todas em somente um texto, como era na documentação anterior. Para a TC, a RDC Nº 330 em conjunto da IN Nº 55, fornece os requisitos mínimos para equipamentos/salas dessa modalidade de exame radiológico.   De acordo com a IN Nº 55, todo equipamento de TC médica deve possuir:   Blindagem no cabeçote de modo a garantir nível mínimo de radiação de fuga, restringida à taxa de kerma no ar de 1 mGy/h (um miligray por hora) a 1 (um) metro do ponto focal, quando operado em condições de ensaio de fuga, comprovada com certificado de adequação emitido pelo fabricante na instalação do tubo de raios X; Filtração total permanente do feixe útil de radiação de, no mínimo, o equivalente a 2,5 mm (dois inteiros e cinco décimos de milímetro) de alumínio; Meios que permitam a determinação visual do plano de referência; Dispositivo que permita ao operador interromper, a qualquer instante, qualquer aquisição de duração maior que 0,5 s (cinco décimos de segundo); Indicação visual, no painel de controle, dos parâmetros de técnica, incluindo espessura de corte, colimação e incremento de varredura, antes do início de uma série; Meios para ajustar os números de CT, de modo que os dados de calibração no fantoma com água ou material equivalente produzam números iguais a 0 (zero); Modulação automática de corrente, (para equipamentos comercializados após a publicação da IN); Protocolos pediátricos, para equipamentos utilizados em pediatria; Tecnologia helicoidal, (para equipamentos comercializados após a publicação da IN);   Ilustração da técnica helicoidal, onde tanto o Gantry do equipamento TC quanto a mesa se movem. Fonte: openpr.com  Ilustração comparativa entre a técnica convencional e a técnica helicoidal. A técnica convencional é composta por uma série de exposições sequenciais individuais, enquanto a helicoidal é uma exposição contínua ao redor do paciente. Fonte: grupo4tecn1.blogspot.com.   Indicação do Índice de Dose em Tomografia Computadorizada Médio (CTDIW) ou Índice de Dose em Tomografia Computadorizada Volume (CTDIVOL) e do Produto Dose x Comprimento (DLP), (para equipamentos comercializados após a publicação da IN Nº55); e Relatório de dose em padrão DICOM, (para equipamentos comercializados após a publicação da IN).   Além disso, a IN Nº55 também determina condições que inabilitam o uso de certos equipamentos. São eles:   Equipamento sem modulação automática de corrente, para equipamentos comercializados após a publicação desta Instrução Normativa; Equipamento sem protocolos pediátricos, caso sejam utilizados em pediatria; Equipamento sem indicação de CTDIWou CTDIVOLe DLP, para equipamentos comercializados após a publicação desta Instrução Normativa; e Equipamento sem relatório de dose em formato DICOM, para equipamentos comercializados após a publicação desta Instrução Normativa.   A IN também determina os testes de controle de qualidade (bem como os parâmetros mínimos de aceitação) que servem como complemento para testes recomendados pelos fabricantes. Os testes e os parâmetros de aceitação estão descritos no Anexo I da IN.   A RDC Nº330 e suas IN’s foram publicadas com o objetivo de atualizar e modernizar a antiga Portaria 453, além de expandir o número de serviços dispostos na legislação, bem como organizá-los de forma a facilitar a consulta. Portanto, é de extrema importância que profissionais da radiologia no geral devem estar cientes dos requisitos mínimos dispostos na nova norma.     Referências: MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Vigilância Sanitária, RDC Nº 330, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019. Brasília: D.O.U. Diário Oficial da União; MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Vigilância Sanitária, INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 55, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019. Brasília: D.O.U. Diário Oficial da União; Texto elaborado por: Mateus Vencato

Por NUCLEORAD em 19/01/2021 às 08:23
Indústria, Medicina Nuclear e Transportes
Inteligência Artificial no Diagnóstico por Imagem de Disfunções Cancerígenas: O Câncer de Tireoide

Câncer é o nome dado à disfunção biológica do organismo quando há uma replicação desordenada das células, que invadem tecidos e órgãos. Há diversas causas externas, como a exposição à radiação solar, alimentos ou agrotóxicos, e internas, como alterações hormonais, condições imunológicas e mutações genéticas. Esses fatores acabam alterando a estrutura do DNA da célula, eventualmente produzindo células cancerosas. Estas se dividem mais rapidamente do que as normais e geralmente são desorganizadas. Com o tempo, tendem a se empilhar umas sobre as outras, formando uma massa de tecido chamada tumor maligno. Todo esse processo, em que um aglomerado de células replicadas se torna um tumor maligno, que, de um modo geral, é um processo lento, pode levar anos até o agravamento da situação. Por isso, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de cura e melhor a qualidade de vida do paciente, além de mais favorável a relação efetividade/custo do tratamento. Estima-se que existam mais de 100 tipos de câncer que variam de acordo com o órgão e o tecido. O câncer de tireoide é o mais comum na região entre a cabeça e o tórax. O Instituto Nacional de Câncer documentou 13780 novos casos em 2020, sendo 1830 em homens e 11950 em mulheres. Assim, como para qualquer tipo de câncer, o seu diagnóstico precoce é fundamental. O objetivo é a detecção de lesões pré-cancerígenas ou do câncer quando ainda localizado no órgão de origem, sem invasão de tecidos vizinhos ou outras estruturas. A detecção de nódulos de tireoide pode ser feita com investigações clínicas, laboratoriais ou ultrassonografia (US).  Cabe salientar que a presença de nódulos na tireoide não significa necessariamente a existência de um câncer. Por isso, após a sua detecção, é avaliada a necessidade da punção aspirativa para o diagnóstico da malignidade do tumor. A punção aspirativa é um método invasivo para a retirada de material citológico local da tireoide com uma agulha fina. Com o material extraído, é feito uma análise clínica para a classificação do nódulo: benigno ou maligno. Embora, na maioria dos casos, a punção aspirativa apresente efeitos adversos de baixo risco, envolvendo dor, desconforto e hematomas, outras complicações mais graves podem acontecer. Existem relatos como hemorragia, hematomas, edema, infecção, paralisia do nervo laríngeo, reação vasovagal, perfuração traqueal, disfagia, disseminação tumoral e alterações do volume do nódulo. Além disso, também é desejável que se saiba da malignidade, ou não, do nódulo assim que é descoberto, evitando estresses por parte dos pacientes até que se realize a punção aspirativa e se confirme a procedência do nódulo.   Os aspectos mencionados anteriormente deixam evidente a importância do desenvolvimento de métodos diagnósticos não-invasivos. Por isso, é crescente o número de pesquisas que estão sendo desenvolvidas utilizando diversos tipos imagens clínicas, combinadas a métodos para essa finalidade.    Neste contexto, os métodos de aprendizado de máquina (em inglês, machine learning) vem sendo cada vez mais utilizados para promover a análise das imagens médicas. Estas técnicas se baseiam na construção de algoritmos para predição e tomada de decisões, a partir de um volume massivo de dados. Isto é, a máquina percebe padrões contidos em tais dados, generalizando um modelo de forma que consiga predizer determinada característica de outro conjunto de dados com os mesmos atributos. A utilização de técnicas de machine learning vem sendo explorada, portanto, como ferramenta auxiliar ao diagnóstico clínico. No caso do diagnóstico por imagem de nódulos de tireoide, a utilização dessa técnica pode ser uma ferramenta de apoio para os profissionais da área da saúde. Diversos trabalhos relatam pesquisas utilizando imagens de ultrassonografia (US) de tireoide para a detecção e classificação de nódulos. Os resultados promissores obtidos pelas pesquisas mais recentes nessa área reforçam sua importância e eficácia. Dentre os trabalhos na área, destacam-se aqueles que utilizam redes neurais convolucionais pré-treinadas para a construção do modelo de classificação. Por exemplo, o trabalho de Chi et al. (2017) utilizou o modelo pré-treinado GoogLeNet para extrair características das imagens de US de tireoide com nódulos detectados a partir de um banco de dados de domínio público, bem como a partir de imagens oriundas de um hospital local. As características das imagens extraídas pela GoogLeNet foram avaliadas em um classificador Cost-sensitive Random Forest, que, segundo os autores, foi capaz de classificar os tumores como malignos ou benignos com até 98.29% de precisão, 99.10% de sensibilidade e 93.90% de especificidade, dependendo das imagens utilizadas. Já em Nguyen et al. (2019), foram avaliadas as redes convolucionais pré-treinadas Resnet-18, Resnet-34 e Resnet-50 para a extração de características de nódulos de tireoide em imagens de US de uma base de dados de domínio público. Os autores comparam o desempenho obtido com cada uma destas redes. O trabalho, também, avalia a extração de características das imagens no domínio da frequência utilizando transformada rápida de Fourier. Os resultados chegaram a 86%, 88% e 63% de precisão, sensibilidade e especificidade, respectivamente.   Liu et al. (2019) propõe um método em duas etapas: Na primeira é feita a localização do nódulo, usando como argumento de saída para o algoritmo de aprendizado características do nódulo como tamanho, formato, ecogenicidade e presença, ou não, de calcificações. Depois de localizado, o nódulo é classificado de acordo com sua malignidade, seguindo um padrão de classes similar ao utilizado por profissionais radiologistas. Utilizou, para isso, dois bancos de dados próprios, de um hospital local e outro de exames de rotina de um aparelho de ultrassonografia que o autor teve acesso às imagens. Para a detecção, foi utilizada a ResNet50, e para a classificação, uma versão refinada da rede convolucional pré-treinada ZFNet. O autor compara seus resultados com os resultados da literatura, bem como com o diagnóstico fornecido por radiologistas experientes. O método proposto atingiu acurácia de 97.5% para a detecção e 97.1% para a classificação, superior a acurácia obtida através do diagnóstico fornecido por radiologistas.      Texto retirado dos anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica (2020), do artigo publicado de Bernardo Cecchetto e Viviane Rodrigues Botelho.  Elaborado por: Bernardo Cecchetto

Por NUCLEORAD em 07/01/2021 às 10:19
Radiologia Médica Odontológica e Veterinária
Você sabe a importância do controle de qualidade em Ultrassom?

Os equipamentos de ultrassonografia são amplamente utilizados na área da saúde por realizarem exames não invasivos e sem efeitos ao paciente, por isso merecem uma atenção especial quanto a qualidade dos equipamentos. Um dos exames mais comuns realizados em ultrassonografia são exames abdominais, renais, exames pélvicos, ginecológicos e obstétricos. Outro exame muito importante realizado pelos equipamentos de ultrassonografia é o exame doppler, que mostra a circulação sanguínea de veias e artérias do corpo. Como parte do pré-natal em gestantes o exame morfológico é de suma importância para o acompanhamento do desenvolvimento do feto, sendo possível confirmar a idade gestacional, avaliar o crescimento do bebe medindo crânio, tórax e fêmur, monitorar os batimentos cardíacos e mostrar anormalidades e possíveis malformações. A Qualidade das imagens e acurácia das medidas realizadas nos exames está diretamente relacionada a precisão do diagnóstico correto tanto para fetos quanto para outros exames e condições morfológicas. A Instrução normativa - IN 58, dispõe sobre requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança de sistemas de ultrassom bem como a relação mínima de testes de aceitação e de controle de qualidade que devem ser realizados pelos serviços de saúde, determinando respectivas periodicidades, tolerâncias e níveis de restrição. O teste avalia tanto as condições físicas do equipamento, quanto qualidade das imagens, exatidão das medidas (verticais e horizontais) realizados pelo equipamento, precisão na velocidade do fluxo sanguíneo para os exames de doppler, diferença de densidades dos tecidos, entre outros testes importantes para a certificação básica de funcionamento do equipamento. Políticas de bom uso, limpeza e manutenção dos equipamentos de ultrassom não são suficientes para assegurar a qualidade das imagens geradas, que pode ser perdida com o tempo e uso incorreto. Texto elaborado por Julia Grasel.

Por NUCLEORAD em 05/01/2021 às 09:06